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O ÚLTIMO SETE DE SETEMBRO DO PT (ou será o nosso?)

  • Foto do escritor: Carlos Reis
    Carlos Reis
  • 7 de set. de 2015
  • 3 min de leitura

Podemos comemorar este último Sete de Setembro porque ele deve ser o último mesmo para o PT. Pelo menos, assim eu pensava hoje de manhã, no nosso Independence Day. Mas, no dia em que os intervencionistas, o grupo de gente que quer a intervenção política das Forças Armadas, se encheu de esperança com a marcha do seu movimento, a postura dos militares no poder, sob ordens de uma presidente débil mental que os deveria encher de vergonha pelas continências formais, foi a de um grupo de acomodados senhores incapazes de qualquer gesto mais corajoso, ainda que fosse para dar esperanças ao povo. Eles, os militares, chegaram ao ponto mais perigoso, o ponto decisivo: ou ficam do lado do povo que lhes puxa a manga da túnica, ou abjetamente perfilam-se do lado de Jacques Wagner e Dilma Mandioca. Parece, pelo menos até agora, que escolheram a segunda opção.


Assim ficou no ar a desesperança. E este sentimento é tanto maior quanto mais distante estamos das manifestações de rua. Estive em duas delas e o espírito reinante nelas é fantástico - nos alegramos e nos nutrimos de muita energia cívica. Mas, se ficamos em casa, distantes dos gritos de ordem e das provocações bem humoradas, nos sentimos como "idiotas úteis", expressão criada nos Estados Unidos. Então não custa lembrar que, se não fossem os "idiotas úteis" em 2013 e no ano seguinte, não haveria "idiotas úteis" em 2015. É digno de nota que esses agora receberam a missão nobre de salvar o país. Foi um avanço e tanto. Quem fica em casa, longe, distante, não pode julgar nada. O único sentimento que o PT e a corja vão acabar só pode ser sentido quando estamos em marcha nas ruas.


Voltando aos militares e à depressão que eles nos causam, o cenário de hoje foi realmente ensombrecedor. O aparato militar para proteger sua Excelentíssima Mandioca Presidencial - um perímetro defensivo digno de um Stalin ou um Hitler - tornou muito claro e à muita gente, inclusive no exterior fora do alcance do Foro de São Paulo, que o Brasil caminha rápido para uma ditadura comunista com apoio das Forças Armadas, aliás, o que estamos prevendo há muito tempo. A diferença é a encruzilhada que me referi acima: o que farão os militares? Para mim ficou claro que deles nada temos a esperar, o que nos deixará uma única opção - ações com alto grau de sacrifício pessoal. Ainda assim, um sucesso nosso teria que contar com uma somatória de eventos futuros e com ventos e presságios de boa sorte. Para muitos isso evocaria um espírito religioso que conta com a Providência, aquele que acredita que o Bem sempre vence o Mal. Para outros, o pragmatismo pessoal ou coletivo bem orquestrado, estratégico, pontual, cumprindo etapas graduais e crescentes, nos levaria ao sucesso de desbancar um regime inteiro pela neutralização de suas lideranças. Neste caso o Mal já venceu e não teríamos nada a perder.


Devo lembrar que o nosso espírito precisa ser revolucionário. No calor da revolução (ou contra-revolução) a incerteza é máxima, mas a coragem e temeridade alcançam os pontos mais altos. Se nós, revolucionários idiotas úteis, não nos lembrarmos da Venezuela e do seu processo histórico recente não alcançaremos esses pontos de máxima ação, irracionalismo, e temeridade. Não é hora de filosofia; é hora de contra-ataque, sob pena de termos testemunhado o último dia da Pátria neste Sete de Setembro.


 
 
 

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