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A FRAUDE ESPETACULOSA DO COLESTEROL

  • Foto do escritor: Carlos Reis
    Carlos Reis
  • 27 de ago. de 2015
  • 4 min de leitura

Vejam o Dr. José Carlos Souto dizer umas verdades e depois vejam o vídeo que está no segundo link onde a Globo (Jornal Nacional levado ao ar em 8/8/2015) faz propaganda direta de remédios, embora não mencione os seus nomes.


É claro, e como sempre, a Globo se socorreu de um especialista e de uma instituição respeitável (a Sociedade Brasileira de Cardiologia) para dar foros de verdade a sua matéria. Inicialmente é posta a premissa falsa que o colesterol é algo danoso à saúde humana; e que consequentemente, remédios sejam necessários para "combatê-lo". Os números são assustadores: 40% da população brasileira tem níveis de colesterol altos demais e não fazem tratamento! Dona Maria levou um susto! De quem? Do médico que foi devidamente assustado pela indú$tria farmacêutica bilionária! Tratamento com o quê? Remédios? Exatamente, e para não dizer que não falamos em flores e frutas, algumas visitas à quitanda ou à feira. E é claro, a obviedade do cuidado físico/atlético. Mas as imagens da academia e da fruteira duram apenas alguns décimos de segundo, ao contrário das tomadas com imagens subliminares (nem tão sub assim) de remédios postos à mesa do ilustre cardiologista receitador. Assim se construiu no imaginário de milhões de pessoas que os remédios são salvadores de vida e de saúde. Isso é uma verdadeira engenharia social de marketing!


A Globo afirma que na região sudeste estão as pessoas obedientes. Sim, obedientes como um rebanho até o matadouro. Mas o pior: os números que a reportagem apresenta da boca da "otoridade" que aparece no vídeo não batem com nenhuma realidade. O suposto aumento da expectativa de vida em 100% daqueles pessoas que tomam remédios para baixar o colesterol - o velho vilão inventado pela indústria farmacêutica há 3 décadas - é uma fraude escandalosa.


A matéria já começa pela indução que quem não toma remédios para baixar o colesterol está em grande risco. Isso é uma falácia. Mais adiante, um pseudoestudo com 100.000 pacientes de planos de saúde fabricou uma indução no pensamento de quem assiste que há muita gente em risco de morte ou de vida; eles têm colesterol alto. Em um consultório foi dito por um médico que há um aumento de expectativa de vida em 100% para aqueles felizardos que tomam remédios que baixam o colesterol, assim reafirmando a mitologia causal do colesterol.


Ora, examinemos esses 100% de aumento de expectativa de vida desses felizes tomadores de estatinas, sabendo que essa definição no âmbito de saúde púbica e estatística, e hoje usada para mensurar o IDH (índice de desenvolvimento humano) só se confirma e é científica se outros fatores a influenciarem concomitantemente.


Expectativa de vida é um número médio de anos contados a partir do nascimento que se espera que uma população estudada (da qual se conheça sua taxa de mortalidade) possa viver. Os fatores que a influenciam são tradicionalmente: qualidade de vida, qualidade dos serviços públicos, segurança no trabalho, criminalidade, ausência de guerra ou conflitos violentos (no caso brasileiro dever-se-iam incluir os 60 mil homicídios por ano homicídios, uma taxa campeã mundial), além de vacinação (um estudo que nunca foi feito porquanto vacinas não obedecem aos critérios científicos recolhidos de estudos prospectivos), educação (outro fator altamente discutível porquanto não está livre do bias ideológico e político-social fabricador de estatísticas governamentais), higiene privada e pública, saneamento básico (água tratada e destinação corretas de esgotos, onde o Brasil se parece com um país africano atrasado). Por aí já se vê o chute global!


Tomar estatinas não são fatores que influenciam a expectativa de vida. Ou já se fez um estudo mundial com milhões de tomadores dessas drogas nas últimas 3 ou 4 décadas para se concluir isso? O Dr. engravatado da reportagem chutou que a chanche (ele disse chanche, ouçam de novo) dos tomadores de remédios duplicavam a expectativa de vida.


Mas a encenação não seria perfeita sem a ajuda de uma vítima do colesterol presente no tal consultório. Como ela se expôs pubicamente e se deixou ver, não posso deixar de dar o meu diagnóstico presuntivo, mesmo à distância, pela altíssima qualidade do vídeo global. O homem barrigudo (com barriga de trigo, segundo o Dr. William Davis) e com manchas escuras na pele, características e sinal patognomônico de acanthosis nigrans, doença produzida pela resistência à insulina, mui provavelmente a causa subjacente mais importante das patologias das quais ele foi até operado (safenas, etc), aponta para outra causa muito diferente do colesterol elevado!


E por falar nisso, o que é colesterol elevado? Olhem de novo os seus exames e seus resultados de colesterol total, LDL, HDL, VLDL, preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. Onde se encontra o valor mínimo do colesterol no nosso inocente sangue? Em nenhum lugar. Os limites inferiores e superiores (como a glicemia, por exemplo) têm que estar demonstrados e assinados pelos bioquimícos. Não custa lembrar que um resultado de laboratório é um laudo técnico-científico com validade e responsabilidade jurídica. Pois os laudos nem trazem mais o limite inferior do colesterol no nosso sangue! Mas eu mostro: 160 mg/dL de sangue em jejum. Qual a intenção de se ocultar os valores mínimos senão para atender à propaganda enganosa da indústria farmacêutica fabricantes de bilionárias E$TATINA$?


Voltando à mentirosa afirmação da otoridade médica consultada pela reportagem, devo dizer que as taxas crescentes e alarmantes de AVC, infarto do miocárdio, obesidade mórbida, síndrome metabólica, pressão alta e diabetes, todas falam contra a pretensa duplicação da expectativa de vida. Esses dados da realidade médica, inclusive, apontam contra os estilos de vida preconizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, a indústria de produtos alimentícios (alimento é outra coisa), e a indústria farmacêutica que fatura 30 bilhões de dólares por ano com estatinas. Ao contrário, a nossa expectativa de vida provavelmente está presumivelmente diminuindo, exatamente o oposto que a Dra. Globo de Televisão afirmou.


Mas nem essa presunção eu posso provar, pelo simples motivo que ainda não foram feitos estudos retrospectivos de várias décadas onde o vilão não é o colesterol, mas sim o próprio estilo de vida que vilifica a carne, a gordura animal e os ovos. Já se sabe, entretanto, que as taxas dessas doenças citadas acima subiram escandalosamente desde que os médicos, e cardiologistas em especial, proibiram que comêssemos ovos cozidos, gordura animal e carnes a partir da década de 70.


Tirem as suas próprias conclusões e não consuma mais a Rede Bobo de Televisão, nem em doses moderadas.



 
 
 

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